domingo, 26 de abril de 2009

Um guia para educadores

O Handbook of Emerging Technologies for Learning (HETL), é um guia online, organizado por George Siemens e Peter Tittenberger, e concebido como um recurso para educadores planejarem incorporar tecnologias no ensino e atividades de aprendizagem.

O HETL reflete vários anos de trabalho dos professores George Siemens e Peter Tittenberger no Centro de Tecnologias da Aprendizagem da Universidade de Manitoba, Canadá.

Educação e redes sociais

O Ning é uma plataforma online que permite aos usuários criarem suas próprias redes sociais.

O Ning in Education explora o uso do Ning em redes sociais educacionais.

sábado, 11 de abril de 2009

Blogs, redes sociais e educação

Um recente relatório da Nielsen Company, "Global Faces and Networked Places", aponta que as redes sociais e blogs são visitados por mais de dois terços (67%) da população online global, e que estão crescendo duas vezes mais rápido que qualquer um dos outros quatro maiores setores (busca, portais, software e e-mail).

De acordo com John Burbank, CEO da Nielsen online, “redes sociais se tornaram uma parte fundamental da experiência online global”. Para o executivo as redes sociais vão continuar a alterar não apenas o cenário online global, mas a experiência do consumidor em geral.

No Brasil, de acordo Carlos Seabra, diretor de tecologia e projetos do Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais e Tecnológicos - IPSO, uma pesquisa recente realizada em telecentros e lan houses já havia detectado este fenômeno.

Embora ainda se percebe bastante restrições ao acesso a blogs e redes socias nas empresas e instituições de ensino, esta pesquisa é mais um indicador de que eles podem ser um grande aliado nos processos de ensino-aprendizagem.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Trilhas de aprendizagem

Em um post recente falei do Academic Earth, que disponibiliza conteúdos acadêmicos (vídeos de cursos, aulas, palestras e conferências) de renomadas universidades americanas em várias áreas do conhecimento.

Outro grande repositório de conteúdos é o MIT OpenCourseWare, um portal de publicação baseada na web de praticamente todos os conteúdos dos cursos do MIT (Massachusetts Institute of Technology). O portal oferece ainda, além do acesso a vídeos e apresentações de uma grande variedade de temas, acesso a notas de leitura, situações-problema, exercícios de laboratórios, etc.

Dispor de conteúdos produzidos por instituições de tão grande calibre é, sem dúvida, resultado do avanço e disseminação da tecnologia. Mas diante disso é normal nos perguntarmos: o que fazer com este tipo de conteúdo? Como utilizar este conteúdo em uma ambiente de aprendizagem mediada por tecnologia?

A maneira mais elementar de uso desses tipos de conteúdos é servirem de apoio às interações dinâmicas da sala de aula.

Outra maneira é utilizá-lo na construção de “trilhas de aprendizagem”. Trilha de aprendizagem é um caminho estruturado e sistemático, que integra várias soluções e formas de aprendizagem com o objetivo de plantar e desenvolver competências (conhecimentos, habilidades, atitudes) requeridas para o desempenho das pessoas no seu cotidiano de trabalho.

Estruturados e sistematizados não deve ser confundido com engessados. Uma boa trilha deve ser construída de forma a permitir percursos de aprendizagem determinados pelos interesses que vão brotando in processu. Recursos tecnológicos muito simples podem facilitar este processo trazendo dinamismo e abrindo espaço para a criatividade.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Interações na Aprendizagem Mediada por Tecnologia (AMT)

Uma disciplina ou curso que faz uso da Aprendizagem Mediada por Tecnologia (AMT) proporciona diversas formas de interação:

a) Interação Aluno-conteúdo

A interação com o conteúdo se dá através de materiais multimídia, incluindo navegação em conteúdos no formato hipertexto, leitura de documentos on-line, vídeos, animações, manipulação de casos reais ou adaptados, visitação a sites recomendados pelos professores e exploração de conteúdos produzidos internamente pelos alunos (por exemplo, em atividades nas quais os alunos relatam experiências profissionais a partir das quais se aplicam modelos de análise).

De forma estruturada, esse tipo de interação ocorrerá numa disciplina ou curso através de:

  • Material multimídia (atividades de autoestudo, vídeos e podcasts)

  • Material impresso (Manual Geral do Curso e apostilas das disciplinas)

  • Leitura documentos on-line (biblioteca virtual, links recomendados, WebQuests / estudos de casos)

b) Interação Professor-aluno

A interação com os professores e tutores se concretiza:

  • nos encontros presenciais, pela comunicação face a face realizada em palestras, seminários, mesas-redondas, painéis e discussões coletivas;

  • nos encontros síncronos, pela comunicação de mão dupla, mediada por tecnologia em tempo real, em teleconferências e chats escritos; e

  • nas atividades assíncronas, através dos fóruns de discussão, elaboração de trabalhos e orientação individual e personalizada para cada participante; e troca de e-mails internos.

c) Interação entre Alunos

A interação com os outros participantes do curso se dá pelos mesmos canais descritos no item anterior, somando-se a trabalhos e discussões em grupo para intercâmbio de idéias e experiências, geração de soluções compartilhadas, resolução de problemas e simulações de atuação profissional em equipe.

d) Interação Aluno-ferramentas

Os alunos também interagem com ferramentas, desde as mais comuns como aplicativos processadores de texto, planilhas eletrônicas, softwares de apresentação, utilizados no registro e apresentação de sua produção durante o curso, até estruturas de jogos e simulações analógicas ou virtuais para resolução de problemas e experimentação de soluções complexas.

Atividades Práticas

Ao longo de uma disciplina os alunos realizam tarefas práticas que envolvem a resolução de exercícios; a pesquisa orientada na Internet (WebQuest); pesquisas de campo; pesquisas bibliográficas; estudos de casos; além de contatos com profissionais que possuem experiência relevante convidados eventualmente para aulas ou palestras através de Web Conferências.

Tais atividades são realizadas individualmente ou em grupos, conforme o desenho da disciplina ou curso, e são sempre orientadas por um tutor e registradas no ambiente virtual de aprendizagem (LMS - Learning Management System). De forma resumida uma disciplina pode ter a seguinte modelo de estrutura de conteúdo:


Onde:

  • Web Conferências – são aulas virtuais;

  • Temas para autoestudo – exploração de conceitos da disciplina em "pequenas doses".

  • Fórum de Discussão – espaço de discussão de questões relacionadas ao conteúdo da disciplina.

  • WebQuest – contextualização do conteúdo da disciplina à realidade dos alunos.

O desenho mostrado acima é só um exemplo, ele pode e deve ser alterado de acordo com as necessidades particulares de cada disciplina e dos objetivos que se deseja atingir.

sábado, 28 de março de 2009

Academic Earth - um ecossistema educacional


Conteúdos de grandes e tradicionais universidades norte-americanas como Berkeley, Harvard, MIT, Princeton, Stanford e Yale estão disponíveis gratuitamente no Academic Earth, uma organização que tem por objetivo prover acesso a todos à educação.

São vídeos de cursos, aulas, palestras e conferências das áreas de Astronomia, Biologia, Ciências do Computador, Ciências Políticas, Direito, Economia, Empreendedorismo, Engenharia, Filosofia, Física, História, Inglês, Matemática, Medicina, Psicologia, Química e Religião.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Reflexão

"Eu ouço e eu esqueço.
Eu leio e eu lembro.
Eu faço e eu compreendo."


Confúcio, Chüeli. 450a.C.

Ainda sobre tecnologia

Recebi algumas mensagens de amigos dizendo que não gostam ou não entendem nada sobre tecnologia. É comum perceber que a maioria das pessoas associa esse termo a algum equipamento. Lembro novamente o prof. Jarbas Novelino Barato que afirma “Virtuosismos de engenharia não são tecnologia; para merecerem o nome de tecnologia eles precisam ter sentido de uso, significado no âmbito da vida”.

Eu gosto muito de buscar a origem das palavras, o seu significado etimológico. Consultei o Dicionário Houaiss onde está escrito:

Tecnologia: gr. tekhnología,as 'tratado ou dissertação sobre uma arte, exposição das regras de uma arte', formado a partir do rad. gr. tekhno- (de tékhné 'arte, artesanato, indústria, ciência') e do rad. gr. -logía (de lógos,ou 'linguagem, proposição').

É isso aí!

quarta-feira, 25 de março de 2009

O que é AMT – Aprendizagem Mediada por Tecnologia?

Recebi algumas mensagens pedindo esclarecimentos sobre o que vem a ser AMT – Aprendizagem Mediada por Tecnologia e como poderia ser o desenho de um curso que utiliza nos moldes de AMT.

Aprendizagem Mediada por Tecnologia (AMT) é uma prática de ensino-aprendizagem que integra tecnologias de comunicação e informação para disciplinas por método a distância (e-learning), disponibilizando aos professores e alunos mais flexibilidade na construção do conhecimento.

Pesquisas sobre a utilização da aprendizagem mediada por tecnologia demonstram que a utilização combinada das várias técnicas instrucionais disponíveis é o caminho para uma maior eficiência e eficácia da aprendizagem.

Dessa forma, abordarei a aprendizagem mediada por tecnologia como uma combinação equilibrada de atividades individuais e em grupo, síncronas e assíncronas, presenciais e a distância, tendo por fios condutores a interação direta do aluno com professores, tutores, outros participantes do curso, conteúdos e ferramentas, assim como a realização de atividades práticas, o desenvolvimento de projetos de trabalho sistematizado e a realização de avaliações intermediárias.

Quando falo de atividades síncronas e assíncronas refiro-me a forma ou processo de comunicação através de computadores interconectados em redes. Nesse processo o fundamental é dispor de uma mensagem clara, precisa, simples e objetiva e que deve atender aos objetivos de ensino, aos interesses, às capacidades e as necessidades do aluno.

Comunicação Assíncrona

A comunicação que não ocorre exatamente ao mesmo tempo, não-simultânea. Dessa forma, a mensagem emitida por uma pessoa é recebida e respondida mais tarde pelas outras. Ou seja, a interação entre professores (tutores) e alunos (treinandos) ocorre com um certo intervalo de tempo. A aprendizagem assíncrona ocorre em cursos onde o próprio aluno determina a duração. Exemplos de comunicação assíncrona:

  • E-mail
  • Fóruns de discussão
  • Newsletters
  • Wikis
  • Blogs
  • Podcasts


Comunicação Síncrona

A comunicação que ocorre exatamente ao mesmo tempo, simultânea. Dessa forma, as mensagens emitidas por uma pessoa são imediatamente recebidas e respondidas por outras pessoas. A aprendizagem assíncrona ocorre em cursos presenciais ou a distâncias, mas o aluno não determina a duração. Exemplos de comunicação síncrona:

  • Chat (bate-papo)
  • Whiteboard
  • Application Sharing (compartilhamento de aplicação)
  • Áudio-Conferência
  • Vídeo-Conferência

No próximo post falarei sobre as diversas formas de interação que pode ocorrer uma prática de aprendizagem mediada por tecnologia.

sábado, 21 de março de 2009

Reflexão

Quem não lê, só fica por dentro do que está por fora.
Saboro Nossuco - Polaco da Barreirinha

Uma maneira rápida e fácil de produção de conteúdos

Eu gosto muito dos aplicativos do tipo PPT-to-Flash. Estas ferramentas permitem que qualquer pessoa, com um mínino de conhecimento em PowerPoint consiga realizar produções de conteúdos bem interessantes e criativas.

A maior dificuldade no uso destas ferramentas não está no aplicativo em si, mas sim em se conseguir produzir e usar PPTs com imaginação e criatividade. Como bem lembra o prof. Jarbas Novelino Barato, “tecnologia é resultado da integração de duas coisas: ferramenta e imaginação; as melhores ferramentas do mundo, sem imaginação, nada produzem de interessante”.

O surgimento desses aplicativos trouxe um conceito muito interessante para as áreas de treinamento e desenvolvimento – o Rapid Training, ou Treinamento Expresso, como prefiro chamar. Trata-se de uma metodologia para gerar treinamentos em e-Learning rapidamente e sem perder a qualidade instrucional.

Eu comecei a trabalhar com ferramentas PPT-to-Flash há bastante tempo e já trabalhei com as principais ferramentas do mercado: Breeze e Articulate. Conheci ainda o Producer, solução gratuita da Microsoft, mas limitada a rodar somente com o PowerPoint 2003.

Com a aquisição da Macromedia pela Adobe, o Breeze passou por um reposicionamento, foi empacotado numa família de produtos chamada Adobe Connect e sofreu alterações em sua política comercial, o que tem dificultado bastante o seu acesso.

Isto, de certa forma, está abrindo espaço para uma maior penetração do Articulate no mercado brasileiro.

Há cerca de dois anos voltei a trabalhar com o Articulate e fiquei fascinado com o produto, agora na versão Articulate '09.

O Articulate '09 é composto por quatro produtos, que pode ser adquiro em um único pacote ou separadamente:

  • Presenter '09: para criar Flash baseados em apresentações e cursos de e-Learning do PowerPoint.
  • Quizmaker '09: para criar testes, avaliações e pesquisa de opinião.
  • Engage '09: para adicionar conteúdos interativos aos cursos de e-Learning.
  • Video Encoder '09: Para converter vídeos para o formato Flash.

Dentre os vários diferencias do Articulate '09, destaco:

  • Facilidade de uso, apresentando uma interface bastante intuitiva;
  • Possui um report SCORM mais completo;
  • A publicação gerada mantém um alto grau de fidelidade gráfica ao original;
  • Possui multiformatos de publicação. Além das convencionais como CD, Web e LMS (Learning Management Systems), destaco a publicação para dispositivos móveis (smartphone, PDA, etc), podcasts e Microsoft Word (para compartilhar com outras pessoas ou ajudar na produção de apostilas);
  • Permite criar uma navegação não-linear pelos slides, de acordo com a interação do usuário.
  • Possui uma interface multilínguas (inclusive português).

Pra concluir a conversa, sugiro você entrar no site do Articulate, baixar a versão trial e brincar bastante! Qualquer dúvida, é só falar.